Sindirodosul recebe visita do deputado Dionilso Marcon

Deputado, à direita, disse que momento é bastante
difícil para os trabalhadores no Congresso

O presidente Irineu Miritz e diretores do Sindirodosul receberam, na manhã desta sexta-feira (05), uma visita de cortesia do deputado federal gaúcho Dionilso Marcon (PT) e seu assessor Júlio Quadros, a quem explanaram a troca de diretoria, há poucos meses, por decisão judicial, e as dificuldades da gestão em função das dívidas herdadas da administração anterior. Miritz também pediu o apoio do parlamentar para a aprovação, na Câmara dos Deputados, do projeto de lei do deputado Vicentinho (PT/SP), que proíbe que os motoristas de ônibus acumulem a função de cobrador.

Marcon assumiu o compromisso de apoiar a proposta e procurar Vicentinho, em Brasília, para esclarecer a situação do PL. Lembrou ainda que o momento é bastante difícil no Congresso para propostas de interesse dos trabalhadores. Conforme informações que o Sindirodosul obteve, falando por telefone com assessores de Vicentinho, o projeto já tramitou e foi aprovado em todas as comissões necessárias e está pronto para ser levado a plenário para votação pelo conjunto dos deputados.

“Se a Câmara desse férias para os deputados, para a grande maioria do povo brasileiro seria muito bom”, ironizou Marcon. Ele citou alguns projetos recentes que estão sendo aprovados ou em tramitação, como a concessão, sem licitação, de 30 anos para exploração de estradas, portos, aeroportos e ferrovias, concessões estas que eram de 12 anos. Além disso, as empresas concessionárias com multas a pagar foram anistiadas dos seus débitos.

Outro exemplo citado por Marcon das barbaridades que podem vir a ser aprovadas no Congresso é a proposta da liberação para a venda de 20% das terras brasileiras a estrangeiros, o que seria um atentado à soberania do país. Tem ainda um projeto que permite que o trabalhador rural seja pago apenas com lugar para dormir e comida, algo como a oficialização do trabalho escravo no campo.

Ele alertou também para a possibilidade de suspensão das eleições do próximo ano, aberta pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), incluindo o pleito presidencial, o que caracterizaria um golpe contra a democracia e o povo brasileiro, para manter no poder o golpista Temer, seus vários ministros suspeitos de corrupção e a banda podre do Congresso, que teria seus mandatos prorrogados.

Sobre os projetos de reformas da Previdência e trabalhista, ele criticou bancadas como dos evangélicos, que vota sempre com o governo, a favor dos projetos que retiram direitos da população trabalhadora, embora tenha grande parte de seus fiéis na população mais pobre e trabalhadora. Marcon defendeu que os eleitores cobrem dos deputados e senadores favoráveis às reformas.

“O vereador que apoiar esses safados é tão safado quando eles”, afirmou.”Quem fizer campanha para os deputados que votam à favor da reforma trabalhista e da Previdência é tão traidor quanto esses deputados”, completou.

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