O Sindirodosul realizou, quinta e sexta-feira (dias 05 e 06) as assembleias que estavam previstas para Santa Cruz do Sul e São Jerônimo, onde foi definida a pauta de reivindicações para os rodoviários com data-base em primeiro de junho. Assim como aconteceu na assembleia da capital, as discussões giraram muito em torno dos impactos da reforma trabalhista, que ameaça vários direitos históricos dos rodoviários.
Esta deverá ser a principal questão da negociação da Convenção Coletiva de Trabalho com os representantes das empresas. Neste sentido, o sindicato está apresentando cláusulas que a categoria aprovou onde os rodoviários ficam protegidos de prejuízos resultantes das mudanças na CLT, em vigor desde novembro do ano passado.
Por exemplo, um dos itens aprovados nas assembleias prevê que as rescisões de contrato de trabalho continuem sendo feitas com a supervisão do sindicato, pois isso deixou de ser obrigatório com a reforma trabalhista. A rescisão feita no sindicato garante que os trabalhadores recebam corretamente todos os valores a que têm direito, sem ter prejuízos no bolso.
Acúmulo de função
No caso de São Jerônimo, os rodoviários presentes reclamaram que, naquela região, estão sendo retirados os cobradores da Expresso Vitória e que os motoristas já estão recebendo R$ 50,00 para troco e bloco de passagem, acumulando a função.
Também relataram que as catracas eletrônicas, instaladas na substituição aos cobradores, são muito lentas no embarque e desembarque e provocam atrasos que irritam os passageiros. Outra reclamação foi de que a empresa não está pagando a cesta básica nas férias e esse é um dos itens que serão negociados na convenção coletiva deste ano.
Agora a pauta aprovada será encaminhada à entidade patronal, com pedido de reunião para que a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho tenha início.