ASSEMBLEIA DOS RODOVIÁRIOS DO LONGO CURSO REJEITA PROPOSTA PATRONAL

(Atenção: foi suspensa a nova assembleia que inicialmente estava marcada para sexta-feira próxima, dia 30, assim que houver nova data avisaremos)

Os trabalhadores rodoviários das empresas de longo curso atenderam ao chamado do Sindirodosul e compareceram em bom número na assembleia geral de sexta-feira (23), na sede do sindicato, para a discussão e votação da proposta patronal para a nova convenção coletiva de trabalho (2023-2024).

Nenhuma das cláusulas apresentadas pela entidade empresarial (Sindetri) levadas ao debate na assembleia foi aprovada, por serem consideradas prejudiciais aos trabalhadores.

A rejeição de todas essas cláusulas foi por unanimidade, inclusive a proposta do reajuste de 4 % para os salários, cesta básica e vale-alimentação. O INPC, índice que mede a inflação na data-base, primeiro de junho, ficou em 3,74%.

“Decidimos não baixar de 7% nossa reivindicação na mesa de negociação sem antes falar com a categoria”, disse o presidente do Sindirodosul, Irineu Miritz Silva. Assim, a assembleia decidiu que o sindicato vai apresentar a contraproposta de 6,5% de aumento para os salários e demais itens econômicos.

Também foi rejeitada a proposta de retirada do Descanso Semanal Remunerado (DSR), que os trabalhadores recebem quando não têm o domingo de folga normal.

Outro item não aceito pelos presentes foi a mudança na suspensão do contrato de trabalho no caso de exame toxicológico com resultado positivo, pois as empresas querem aplicar a suspensão imediata, com o fim do prazo de 90 dias para defesa do trabalhador.

Além disso, foi recusada a intenção das empresas de cobrarem dos funcionários a diferença de valor de plano de saúde – entre o valor mínimo previsto na convenção e o valor efetivamente pago, mais a coparticipação de 20%, assim como a intenção de limitarem o plano de saúde, excluindo os dependentes.

As empresas também apresentaram cláusulas prevendo a autorização para a contratação de trabalhadores intermitentes de sexta-feira a domingo e o acúmulo de folgas, sem a obrigação de dar um domingo de folga por mês, todas rejeitadas.

“Nem um aumento de mais de 20% dos salários compensaria as perdas dos trabalhadores com essas mudanças na convenção coletiva”, afirmou o presidente Irineu.

Ao final, ficou combinado com todos que haverá outra assembleia na próxima sexta-feira, às 18 horas, logo após nova rodada de negociação do sindicato com a patronal.

“Esperamos a presença de todos que estiveram aqui e que tragam mais colegas também nessa assembleia que vai ser muito importante”, concluiu o presidente.

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