A direção do Sindirodosul informa e esclarece que não assinou nenhum acordo coletivo até agora, em função da pandemia de coronavírus, autorizando a dispensa de trabalhadores, redução ou suspensão do pagamento de salários, com nenhuma das entidades que representam as empresas do setor e com nenhuma empresa, individualmente.
O sindicato já foi procurado para discutir a situação pela Associação das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal (RTI) e pelo Sindicato das Empresas de Fretamento e Turismo (Sinfretur), além das empresas semelhantes à urbanas.
Planalto e Ouro e Prata também apresentaram propostas para acordos em separado. Todas querem a mesma coisa: a dispensa dos trabalhadores por um mês ou mais, sem pagamento de salários, apenas cesta básica e uma ajuda de custo.
Nova Medida Provisória
No entanto, o Sindirodosul não aceitou nada nesses termos e preferiu, até agora, estudar melhor a situação, ouvir a categoria, e aguardar a nova Medida Provisória (MP) do governo para a área trabalhista. Ela deve ser publicada nesta semana, provavelmente terça-feira.
Essa MP deve trazer novas regras para a dispensa de trabalhadores e outros detalhes importantes. Por isso seria precipitado qualquer acordo agora sem levar isso em consideração.
Recebemos muitos telefonemas e mensagens de trabalhadores que já estão sendo atingidos pelas dispensas, principalmente aposentados, perguntando sobre um possível acordo com as empresas.
Portanto, que fique esclarecido que nada foi assinado ainda, apesar da grande pressão das entidades patronais. Porém, a Medida Provisória 927, publicada dia 22 de março, autoriza acordos individuais entre empregador e empregado sem a participação do sindicato, um absurdo.
Toda essa situação está sendo muito bem avaliada pelo Sindirodosul. A direção sabe que estamos vivendo uma crise fora do normal, mas o custo disso não pode recair todo sobre as costas do trabalhador. Qualquer decisão sobre isso será amplamente divulgada. Aguarde novas informações.