EM MANIFESTAÇÃO CUT-RS, CENTRAIS E SINDICATOS EXIGEM REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS
Um ato com a CUT-RS, federações, sindicatos e as centrais sindicais, intitulado “Menos juros, mais empregos”, aconteceu nesta terça-feira (30) em frente a sede do Banco Central (BC), em Porto Alegre, novamente pedindo que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduza a taxa de juros Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano e é a segunda mais alta do mundo.
“O Brasil paga mais de 500 bilhões de juros por ano, enquanto os rentistas lucram com os nossos impostos. O presidente do BC mantém essa taxa surreal porque é vendido ao sistema financeiro e à política neoliberal, e com isso freia a economia brasileira. Temos que derrotar essa política monetária”, critica o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.
O presidente do Sindirodosul, Irineu Miritz Silva, e o vice-presidente, José Alcir Passos, participaram representando o sindicato.
Manifestações em todo o país
Foto: Roberto Parizzoti
O protesto se repetiu em outros estados. Em frente à sede do BC na capital paulista, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, fez uma crítica severa a Campos Neto. “A taxa de juros, no atual patamar, de 10,5% ao ano, que é a segunda maior do planeta, é criminosa”, disse o dirigente.
“Elimina investimento produtivo, promove a maior transferência de riqueza dos mais pobres para os mais ricos”, explicou o presidente nacional da CUT.
Como exemplo, ele citou que se um rentista aplicar em títulos do governo, em 11 anos, ele dobra seu investimento, situação diferente de outros países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde o mesmo rentista “levaria 17 anos para dobrar seu investimento”.
“Essa política de juros altos foi derrotada nas eleições de 2022. Campos Neto, se tivesse decência, teria entregado o cargo junto com Paulo Guedes e o inominável”, concluiu Sérgio Nobre.
Foto: Henrique Guilherme / Contraf-CUT
Luta por moradia
Os movimentos de luta por moradia se uniram ao ato em Porto Alegre, exigindo não apenas a redução das taxas de juros, mas também a implementação de políticas emergenciais para enfrentar a crise habitacional agravada pelas enchentes de maio que devastaram o Rio Grande do Sul.
Os manifestantes criticaram a omissão dos governos estadual e municipais na assistência às vítimas das inundações, ressaltando a necessidade urgente de ações concretas para garantir moradia digna e segura para todos.
Nesta semana, uma nova taxa de juros será anunciada. A CUT-RS segue na luta por juros mais baixos para que a população tenha uma melhor qualidade de vida e que a economia brasileira prospere cada vez mais. Juros baixos já!