CUT-RS E SINDICATOS AVISAM DEPUTADOS NO AEROPORTO: “SE VOTAR A FAVOR DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA, NÃO VOLTA”
Trabalhadores e trabalhadoras amanheceram terça-feira (6) no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, para protestar contra a reforma da Previdência do golpista Michel Temer (MDB) e mandaram um duro recado aos deputados federais: “Se votar a favor, não volta”. Dirigentes do Sindirodosul estavam presentes, como das outras vezes.
A manifestação organizada pela CUT-RS e CTB-RS teve início na madrugada, às 4h30, com uma concentração em frente ao Monumento do Laçador, o mais famoso cartão postal da capital gaúcha.
De lá, às 5h, os manifestantes saíram em caminhada até o maior terminal do Aeroporto, onde percorreram o saguão de embarque com faixas, cartazes e bandeiras, entoando palavras de ordem como “Chega de enganação, reforma não”, “Se botar pra votar, o Brasil vai parar” e “Fora Temer”.
O protesto chamou a atenção de funcionários de empresas aéreas, passageiros, deputados e assessores que embarcavam para Brasília. O objetivo foi expressar a posição contrária da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência.
Ao chegarem no portão de embarque, as centrais realizaram um ato com manifestações de diversas lideranças sindicais.
O secretário de Relações de Trabalho da CUT-RS, Antônio Güntzel, frisou que o governo mente quando diz que tem que fazer a reforma para o Brasil andar para frente e para acabar com privilégios.
“Em nenhum momento, a reforma atinge os privilegiados. Não atinge, por exemplo, o Judiciário, que tem um monte de penduricalhos, como o auxílio-moradia, e não acaba com os privilégios do Executivo, nem do Legislativo”, criticou, destacando ainda que o povo não pode pagar uma conta que não é dele.
Antônio lembrou, também, da situação dos sonegadores e reiterou que, se o governo afirma que precisa da reforma, que inicie buscando os devedores e os que estão sangrando os cofres públicos, através de isenções e renúncias fiscais.
Resistência tem feito a diferença
Para o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, o ato é importante para que os trabalhadores mandem o seu recado aos deputados. “Nossa resistência tem feito a diferença. Eles queriam votar no ano passado, mas realizamos em abril a maior greve geral da história e eles não puderam votar. Agora querem votar novamente e não podemos baixar a guarda. Temos que fazer com que essa reforma seja jogada no lixo.”
Novas atividades irão ocorrer nos próximos dias no Rio Grande do Sul, integrando a jornada nacional de lutas contra a reforma da previdência. Na próxima sexta-feira (9), haverá reunião ampliada das centrais, na sede da Fecosul. No dia 16 acontecerá uma plenária de mobilização, no auditório do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.
No dia 19 será realizado um dia nacional de luta, com greves, paralisações e protestos em todo o país.
Fonte: CUT-RS